segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Mudanças no corpo na gestação

O que acontece com o corpo da mulher durante a gravidez?

Saber identificar os primeiros sinais de uma gravidez, para muitas mulheres, parece óbvio. A ausência de menstruação é a principal mudança no corpo da futura mamãe. A partir dos meses seguintes, a mulher sofre alterações em sua forma física para a preparação do crescimento, parto e amamentação do bebê. A barriga ganha destaque e não para de crescer, trazendo com ela muitos outros sinais e sintomas que, muitas vezes, são desagradáveis para qualquer pessoa.
Apesar de a maioria ser assintomática, as mulheres podem ficar indispostas, com náuseas, vômitos e sonolência. Outros sintomas são:

  •  urinar com frequência,
  •  dores de cabeça esporádicas,
  •  prisão de ventre,
  •  tonturas,
  •  falta ou excesso de apetite,
  •  aversão ou desejo de determinados alimentos, e
  •  alteração das mamas. Aumento, sensibilidade, dor ao toque e escurecimento das aréolas 

No primeiro trimestre de gravidez, as náuseas passam a diminuir. A partir disso, a gestante passa a se alimentar melhor e se inicia um aumento importante da quantidade de líquidos no corpo.
É necessária a suplementação de ferro na dieta, devido a diluição natural do sangue, a fim de evitar anemia. Além disso, a gestante passa a perceber as mãos e os pés ficarem um pouco mais inchados.  

A seguir, saiba quais as principais mudanças que ocorrem em cada mês da gestação:

 1º mês: No primeiro mês a gestante não percebe que está grávida. Os sintomas são parecidos com a TPM, porém, muito mais intenso. Nesta época acontece a liberação de um hormônio chamado HCG. Há a interrupção da menstruação, dores nas mamas são comuns, dores abdominais  também,  o humor pode ficar instável e aumento da sensibilidade emocional. Tudo muito parecido com a TPM. 

2º mês: Neste período, por conta da produção hormonal, o sistema neurológico da mãe passa por alterações. Por isso muitas mulheres reclamam de sonolência, aumentam as mamas, há os enjôos, náuseas. Também passam a urinar com mais frequência. A alteração no tamanho do útero provoca uma compressão na bexiga, por isso as idas mais frequentes ao banheiro. 

3º mês: Nesta fase pode acontecer da futura mamãe ter ganhado um pouco de peso (um ou dois quilos). O volume de sangue que circula no corpo aumenta para suprir as necessidades do útero e do feto. Os enjoos, em muitos casos, ainda se manifestam, e as gengivas podem ficar doloridas. As flutuações de humor, assim como as dores de cabeça, tendem a se acentuar. Algumas veias, como as da barriga, mamas e pernas, tendem a ficar mais visíveis em virtude do aumento do volume sanguíneo. Cabelos e unhas podem ter transformações neste período. 
4º mês: A mãe sentirá mais apetite à medida que as náuseas e enjoos forem desaparecendo. Também parecerá mais disposta e com energia. Até o final deste mês (16-20 semanas), provavelmente sentirá, pela primeira vez, um leve movimento do bebê; A barriga já começa a aparecer. 

5º mês: Neste período o bebê já se mexe na barriga da mãe, e isso deve ser comunicado ao médico. O útero cresce. O coração tende a bater mais rápido, as noites de sono devem ser respeitadas, cerca de 8 horas. A alimentação deve ser saudável, a mamãe deve ter tranqüilidade emocional e não praticar atividades físicas extenuantes. Cabelos e unhas podem passar por transformações neste período, assim como a pele e o aumento de pelos. Aqui também a gestante pode começar a sentir azias. 

6º mês: A pele de seu abdome está “esticando”, e a gestante passa a sentir coceiras na região. O volume da barriga pode fazer com que a mamãe sinta dores nas costas. O peso também pode provocar varizes nas pernas. Dores abdominais podem acontecer, já que o útero está se expandindo para acomodar o crescimento do bebê.   

7º mês: É um mês que requer muita paciência. Nessa fase, o cansaço da gestante aumenta. As alterações hormonais que ocorrem durante a gravidez são facilmente percebidas nesta etapa – o corpo quer preparar a mulher para o parto.  

8º mês: Aqui, já resta pouco tempo para a mãe dar a luz.  Nesse mês, o organismo começa a produzir o colostro (líquido que vem antes do leite materno) e há também um aumento das secreções vaginais.  As contrações são mais fortes, e o útero aumenta. A dificuldade de respirar pode ser maior, pois o bebê está perto dos pulmões. A parte de cima do seu útero está debaixo das costelas. Mãe e bebê estão mais propensos a ganhar peso nesta fase. Redobrar os cuidados com a alimentação.
  
9º mês: Aqui o bebê se encaixa na bacia da mãe, na posição para o momento do parto. Nesse período, a gestante começa a ir no banheiro com mais frequência,  a barriga está maior e comprime a bexiga. Além do aumento de peso, a ansiedade contribui para o quadro de dificuldade para dormir. A falta de ar também é um sintoma comum desse período. Com a produção de leite, os seios ficam inchados. A dieta da mamãe deve estar repleta de cálcio, fibras e ferro. Os ossos da bacia começam a abrir, é comum ter dores na bacia, no púbis e na região baixa da coluna lombar.


Fonte: Texto Marília Alencar, revista Viva saúde.

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