O que acontece com o corpo da mulher
durante a gravidez?
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Saber identificar os primeiros sinais de
uma gravidez,
para muitas mulheres, parece óbvio. A ausência de menstruação é a principal mudança no
corpo da futura mamãe. A partir dos meses
seguintes, a mulher sofre alterações em sua forma física para a preparação
do crescimento, parto e amamentação do bebê. A barriga ganha destaque e
não para de crescer, trazendo com ela muitos outros sinais e sintomas que,
muitas vezes, são desagradáveis para qualquer pessoa.
Apesar de a maioria ser assintomática,
as mulheres podem ficar indispostas, com náuseas, vômitos e sonolência. Outros
sintomas são:
- urinar com frequência,
- dores de cabeça esporádicas,
- prisão de ventre,
- tonturas,
- falta ou excesso de apetite,
- aversão ou desejo de determinados alimentos, e
- alteração das mamas. Aumento, sensibilidade, dor ao toque e escurecimento das aréolas
No primeiro trimestre de gravidez, as
náuseas passam a diminuir. A partir disso, a gestante passa a se alimentar
melhor e se inicia um aumento importante da quantidade de líquidos no corpo.
É necessária a suplementação de
ferro na dieta, devido a diluição natural do sangue, a fim de evitar anemia. Além
disso, a gestante passa a perceber as mãos e os pés ficarem um pouco mais
inchados.
A seguir, saiba quais as principais mudanças que
ocorrem em cada mês da gestação:
1º
mês: No
primeiro mês a gestante não percebe que está grávida. Os sintomas são parecidos
com a TPM, porém, muito mais intenso. Nesta época acontece a liberação de um
hormônio chamado HCG. Há a interrupção da menstruação, dores nas mamas são
comuns, dores abdominais também, o humor pode ficar instável e
aumento da sensibilidade emocional. Tudo muito parecido com a TPM.
2º mês: Neste período,
por conta da produção hormonal, o sistema neurológico da mãe passa por
alterações. Por isso muitas mulheres reclamam de sonolência, aumentam as mamas,
há os enjôos, náuseas. Também passam a urinar com mais frequência. A alteração
no tamanho do útero provoca uma compressão na bexiga, por isso as idas mais
frequentes ao banheiro.
3º mês: Nesta fase pode
acontecer da futura mamãe ter ganhado um pouco de peso (um ou dois quilos). O
volume de sangue que circula no corpo aumenta para suprir as necessidades do
útero e do feto. Os enjoos, em muitos casos, ainda se manifestam, e as gengivas
podem ficar doloridas. As flutuações de humor, assim como as dores de cabeça,
tendem a se acentuar. Algumas veias, como as da barriga, mamas e pernas, tendem
a ficar mais visíveis em virtude do aumento do volume sanguíneo. Cabelos e
unhas podem ter transformações neste período.
4º mês: A mãe sentirá
mais apetite à medida que as náuseas e enjoos forem desaparecendo. Também
parecerá mais disposta e com energia. Até o final deste mês (16-20 semanas),
provavelmente sentirá, pela primeira vez, um leve movimento do bebê; A barriga
já começa a aparecer.
5º mês: Neste período o
bebê já se mexe na barriga da mãe, e isso deve ser comunicado ao médico. O
útero cresce. O coração tende a bater mais rápido, as noites de sono devem ser
respeitadas, cerca de 8 horas. A alimentação deve ser saudável, a mamãe deve
ter tranqüilidade emocional e não praticar atividades físicas extenuantes.
Cabelos e unhas podem passar por transformações neste período, assim como a
pele e o aumento de pelos. Aqui também a gestante pode começar a sentir
azias.
6º mês: A pele de seu
abdome está “esticando”, e a gestante passa a sentir coceiras na região. O
volume da barriga pode fazer com que a mamãe sinta dores nas costas. O peso
também pode provocar varizes nas pernas. Dores abdominais podem acontecer, já
que o útero está se expandindo para acomodar o crescimento do bebê.
7º mês: É um mês que
requer muita paciência. Nessa fase, o cansaço da gestante aumenta. As
alterações hormonais que ocorrem durante a gravidez são facilmente percebidas
nesta etapa – o corpo quer preparar a mulher para o parto.
8º mês: Aqui, já resta
pouco tempo para a mãe dar a luz. Nesse mês, o organismo começa a
produzir o colostro (líquido que vem antes do leite materno) e há também um
aumento das secreções vaginais. As contrações são mais fortes, e o útero
aumenta. A dificuldade de respirar pode ser maior, pois o bebê está perto dos
pulmões. A parte de cima do seu útero está debaixo das costelas. Mãe e bebê
estão mais propensos a ganhar peso nesta fase. Redobrar os cuidados com a
alimentação.
9º mês: Aqui o bebê se
encaixa na bacia da mãe, na posição para o momento do parto. Nesse período, a
gestante começa a ir no banheiro com mais frequência, a barriga está
maior e comprime a bexiga. Além do aumento de peso, a ansiedade contribui para
o quadro de dificuldade para dormir. A falta de ar também é um sintoma comum
desse período. Com a produção de leite, os seios ficam inchados. A dieta da
mamãe deve estar repleta de cálcio, fibras e ferro. Os ossos da bacia começam a
abrir, é comum ter dores na bacia, no púbis e na região baixa da coluna lombar.
Fonte: Texto
Marília Alencar, revista Viva saúde.
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